top of page

Expedição para ver a Lula Vampira

Está de cabeça para baixo, afivelado no varal

O conto videográfico do Pirata de Mombasa.

A água rasa e transparente é a cama do seu barco

Um emblema surreal dança nas suas velas.

Tatuagens por fazer, a pele aberta à espera

Como canções de nossos amores por gravarem-se.


As tetas da Ave de Rapina estão cheias e pulsam

E de sede hoje a uníssona espinha, esse mastro, chora bem.


Assistam-me descer, por mim torcendo, enquanto

Eu entro no Abismo para ordenhar esse alento.

Na cabine, ao leme, na proa dos marujos malucos há

Fendas e dentes ainda não vistas nas campinas abertas.

Eu vos coroei os dois com todos os chapéus que pude imaginar

E recusei forjar imunologias pulmonares — Desci mais.


Com um toque muito leve as rapinas tetas já explodem

Esguicham metade delas leite branco e o resto tinta preta.


Ali abana a tela de vidro, elástico, onde passa o filme

E da torre as canções são cantadas do traseiro para a frente.

Um coquetel com as gotas doces do suor de abdómen

E o sal do mar temperado com a luz dos planktons.

Nós, os Aliados, brindamos quebrando as taças no mastro

Juntamos com as mãos os cacos e deles fazemos aparelhos.


Bebemos da mistura infranatural cujo hálito insufla bolhas

E, golfando simultâneos, vemos: aqui o Golfo Cefalópode.

 
 
 

Comentários


bottom of page